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CAF APEALOURO

"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino.”  - Paulo Freire

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Definição e Justificação do Projeto da CAF
 

    O presente projeto é delineado no contexto da CAF (Componente de Apoio à Família) a decorrer no Agrupamento Augusto Louro no Seixal, durante o ano letivo de 2019-2020.

   
    A Componente de Apoio à Família é uma resposta criada para colmatar as necessidades das famílias, assegurando o acompanhamento dos alunos das valências de Pré, 1º Ciclo do Ensino Básico, e 2º Ciclo do ensino básico durante os períodos que vão além da componente curricular e durante os períodos de interrupção letiva.


    Nesta faixa etária as crianças começam a socializar mais, de forma comunitária, deixando para trás a fase egocêntrica, descobrindo a vivência em sociedade. As conquistas cognitivas que se vão adquirindo permitem um desenvolvimento de autonomia e curiosidade aguçados.


    Neste sentido, procurar-se-á sempre ir ao encontro das necessidades das crianças, proporcionando-lhes experiências diversificadas, dando-lhes sempre a oportunidade de brincar e explorar, permitindo que a criança se vá conhecendo a si própria, aos outros e o mundo que a rodeia. Para isso, o monitor tem como papel organizar o espaço, os materiais e estruturar momentos, promovendo atividades adequadas ao grupo de crianças. No entanto, é importante não descurar que cada criança tem o seu ritmo de aprendizagem e de desenvolvimento, devendo ser sempre respeitada como um ser individual e único.

 

 

 Fundamentação Teórica

  Componente de Apoio à Família – CAF


    O principal foco que se terá na dinamização da CAF é a educação e o desenvolvimento integral das crianças, para que se tornem cidadãos autónomos, responsáveis, solidários, participativos, críticos e cultos. Isto tentar-se-á atingir através de atividades de caráter lúdico, cultural, de desenvolvimento pessoal e social e de reflexão.

 

    Algumas áreas ou aspetos que poderão ser trabalhadas e desenvolvidas com as crianças serão a noção do outro, a autoestima, a liberdade de expressão, criatividade, o foco e a concentração.

 

  

A nossa missão:

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 a) Apoiar as famílias, proporcionando condições que permitam ajustar o tempo de permanência das crianças na Escola às necessidades dos Pais e Encarregados de Educação, nomeadamente em função dos horários laborais, procurando oferecer respostas diversificadas e adaptadas às realidades locais, e garantindo uma ocupação pedagogicamente rica, complementando as aprendizagens básicas;

b) Responsabilizar cada aluno para a realização dos seus trabalhos de casa, mantendo uma boa organização e limpeza dos cadernos e materiais utilizados. Salvaguarda-se que não é responsabilidade da CAF corrigir os trabalhos de casa;

c) Proporcionar aos alunos condições que contribuam para o seu desenvolvimento;

d) Desenvolver o espírito de iniciativa, a capacidade crítica e os sentidos de solidariedade, responsabilidade e organização;

e) Proporcionar experiências culturais e recreativas, valorizando as relações entre a família, a escola e a comunidade;

f) Proporcionar aos alunos condições de apoio à descoberta das suas aptidões e interesses vocacionais.

 

A CAF destina-se exclusivamente aos alunos que frequentam as Escolas do Agrupamento de Escolas Dr. António Augusto Louro.

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 O Papel do Monitor

 

    Cabe ao monitor mediar a ação da criança sobre o mundo, através de uma interação, onde o respeito pela individualidade seja uma constante e onde os estímulos, compreensão, incentivo e presença, ajudem a criança a modular os seus meios de expressão, para obter a satisfação das suas necessidades fisiológicas, afetivas, cognitivas e a construir significados.


    Segundo Brazelton e Greenspan (2002:28) “As relações emocionais afetivas são as bases primárias mais importantes para o desenvolvimento intelectual e social”. Então, o monitor deve acompanhar a criança nas suas descobertas e conquistas do mundo à sua volta, colocando ao seu dispor uma diversidade de materiais, que lhe possibilite explorar, manipular, observar e interpretar esse mundo e reproduzir a sua visão sobre ele. Deste modo, o monitor estará a contribuir, para que a criança estimule as suas capacidades sensoriais e adquira uma perspetiva crítica sobre o que a rodeia. As características pessoais diferenciadoras, deverão ser tidas em conta e a atividade deverá ser adaptada a cada criança, promovendo a sua individualidade

 

    É ainda necessário não descurar a importância de encorajar e motivar cada nova conquista das crianças e acompanhar essas mesmas conquistas, conversando, respondendo e encorajando-as. Sendo assim, é essencial conhecer as características da faixa etária das crianças com que se está a trabalhar, bem como o nível de desenvolvimento em que se encontram.

 

 Caracterização da faixa etária (4 -13 anos)

 

    A fase que a criança atravessa entre os quatro e os treze anos é marcada pela entrada no sistema de ensino público. É conhecida como a fase da latência na qual ocorrem grandes conquistas cognitivas. Esta motivação começa a desenvolver na criança o julgamento global de outro valor, integrando a sua percepção, concretizando quem ela é, e quem deve ser. A criança passa a socializar mais de forma comunitária e começa a afastar-se da intimidade familiar, ampliando as suas relações. Desta forma o grupo de pares e a vivência em grupo começa a ser marcante no seu dia-a-dia.

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Desenvolvimento cognitivo

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    A criança adquire uma nova imagem de si, mais próxima da realidade, substituindo o pensamento mágico, pelo pensamento lógico e sente necessidade de explicar logicamente as suas ideias.
 

    Também descobre questões do mundo adulto, como a mentira e a culpa, e compreende melhor as regras, por isso é uma boa fase para introduzir jogos e desportos de grupo.

 

    Após os seis anos de idade, a criança torna-se mais crítica, especialmente em relação à família, e à escola mais curiosa. É a fase do porquê de tudo, como “mãe, porque preciso de tomar banho todos os dias?”. O questionamento é saudável e, segundo Sílvia Amaral, “a curiosidade da criança precisa ser estimulada pelos pais e pela escola, pois ela é a base da aprendizagem.”

 

Desenvolvimento emocional

   
    O desenvolvimento emocional nesta faixa etária é influenciado pelas aquisições cognitivas o que contribui para a autoestima. Começa a haver uma melhor compreensão das emoções, o reconhecimento da “existência” e dos sentimentos do outro, e de que o outro também pensa e sente.

 

    Nesta fase é importante encorajar a criança a falar sobre os seus sentimentos, o que promove a empatia e a atitude solidária.

 

Relação com os adultos

 

   Os adultos deixam de ser sinónimo de autoridade para se tornarem modelos sociais e profissionais. A criança desenvolve uma nova imagem do que a rodeia, pode agora perceber diferentes pontos de vista. A criança começa a interessar-se pelos mesmos assuntos que os adultos, como os desportos, e a cultura.

 

Interação com o meio


    As crianças começam a escolher amigos com características e interesses comuns e  a explorar relações com os pares, através da partilha, da interajuda, do cumprimento e do encorajamento. As amizades envolvem o compromisso mútuo, o que promove a confiança e a reciprocidade.

 

Aprendizagem

 

    Apesar do conteúdo escolar ainda ser interativo e partir do concreto para chegar ao abstrato, ele torna-se mais profundo, pois a criança já é capaz de entender a sociedade em que vive e a realidade do mundo, assim como elaborar hipóteses e testar os seus conhecimentos científicos. A escola deixa de ser um local apenas divertido, onde se brinca muito, para ser um lugar de aprender e estudar. A criança adquire responsabilidade, como, por exemplo, a realização dos trabalhos de casa.

 

 

Caracterização do Grupo de Crianças


    A faixa etária que frequenta a CAF é constituída por crianças com idades compreendidas entre os quatro e os treze anos.

  

Organização

  Organização do Espaço e dos Materiais

 

    Segundo Hohmann e Post (2003) “Um ambiente bem pensado e centrado na criança promove o desenvolvimento físico, comunicação, competências cognitivas e interações sociais.” Neste sentido, o espaço e os materiais nas CAFs serão organizados de forma a proporcionar diferentes espaços, onde as crianças possam circular livremente, integrando-se na atividade que mais lhes interessar e motive.

 

     Abaixo, iremos abordar os temas que constituem o nosso Projeto "Costumes e Tradições: Concelho do Seixal":

  • Explicação sobre a constituição do concelho, como as freguesias, e a sua origem;

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  • Fauna e flora do concelho;

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  • Museus, como o Moinho da Maré de Corroios e o Ecomuseu Municipal do Seixal e os seu núcleos e as suas histórias;

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  • Locais históricos, como a Quinta da Trindade e a Olaria Romana;

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  • E outros, como a Fábrica da Pólvora, a Tipografia Popular e as embarcações históricas.

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